segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

OS MODELOS MENTAIS E SEUS PREJUÍZOS



A história é conhecida. “Uma mulher compra uma xícara de capuccino e cinco biscoitos de nata num café do shopping, e senta-se numa mesa próxima para comê-los. Logo à sua frente está um senhor desconhecido, lendo uma revista. Ela prova o capuccino e tira um biscoito do pacote. Assim que começa a comer, o homem tira um biscoito do mesmo pacote para si.

Descrente do que acaba de ver, ela come o primeiro biscoito e pensa no que fazer em seguida.

Curiosa, ela pega um segundo biscoito. Confiante, o homem faz o mesmo, estampando um enorme sorriso no rosto enquanto saboreia o seu biscoito. Somente o autocontrole impede a mulher de protestar contra este autêntico cara de pau.

Com apenas um biscoito sobrando agora, ela vai novamente ao pacote. Mas o homem é mais rápido. Com um sorriso e nenhuma palavra, ele quebra o biscoito que sobra ao meio e oferece o pedaço a ela. A mulher está inconformada. Ela então se levanta, pega sua bolsa e dirige-se rapidamente ao exterior do shopping rumo ao seu carro. Já no estacionamento, enquanto procura as chaves na bolsa, até deixa escapar uma pequena ofensa de seus lábios. É quando seus dedos acham, ao lado do molho de chaves, o pacotinho dos biscoitos que ela havia comprado no café... e está fechado, do jeitinho que a atendente lhe deu no balcão!”

A base sobre a qual fazemos julgamentos, a régua com que medimos as pessoas, nosso modo próprio de enxergar e compreender os eventos ao nosso redor, são frutos de nossos “modelos mentais” – também chamados paradigmas. Eles são construídos a partir das nossas crenças e convicções.

Como a mulher nessa história descobriu, nossos modelos mentais não são necessariamente corretos, já que mudanças em nosso ponto de vista sobre o mesmo evento podem ocorrer tão logo tenhamos novas informações adicionais a respeito.

Construir paradigmas flexíveis é um talento. Não só. É uma virtude indispensável ao perfil de grandes seres humanos, antes de excelentes profissionais. Só inteligências elevadas dominam esta arte.

Você deve imaginar que após o evento dos biscoitos, a mulher sofreu uma mudança abrupta na visão de seu próprio comportamento. Ela estava enganada. Seus pressupostos a empurravam a fazer julgamentos errôneos e falsos sobre o homem. Até achar o seu próprio pacote de biscoitos na bolsa, ela reputava o senhor como invasivo e mal educado, quando, de fato, ele não era. A verdade apareceu após ela ter visto o quadro completo.

É sempre assim!

Muitos de nós estamos em pé de igualdade com aquela mulher, julgando situações e pessoas, levando em conta um modelo mental tendencioso, parcial e egoísta. Como ficaríamos ao ver o quadro completo?

Calma ao julgar. Conhecer fatos antes de agir sumariamente faz bem à alma. E também ao corpo. Não se conformar com o que se sabe é amor à justiça.

Melhor que tudo? É não julgar.





- Artigo publicado no JL - Jornal de Londrina, em 26/07/2010, na coluna Profissão Atitude.

Elogio é bom? Crítica é ruim? Por Josiane Souza




Elogio é bom? Crítica é ruim? Quando que uma ou outra é favorável ou não? Qual deles é o melhor para o desenvolvimento da carreira de um profissional? Na realidade, tanto um, quanto o outro, são importantes. O segredo é reconhecer e reagir de maneira correta diante de um elogio ou de uma crítica, pois eles são faca de dois gumes.
Tanto o elogio quanto a crítica são aprendizados árduos, visto que para chegar ao equilíbrio é necessário deixar a razão falar mais alto que a emoção, o que não é uma tarefa fácil de se realizar. Juntos, vamos avaliar as duas situações sob os aspectos negativos e positivos. Logo após, deixarei algumas dicas para serem praticadas diariamente, como um treinamento em uma academia!
O aspecto negativo do elogio é o aumento, em demasia, do ego do elogiado, acarretando conseqüências nos relacionamentos interpessoais, além do risco de acomodação técnica, pensando que já sabe tudo.
Por outro lado, ele é positivo no sentido da avaliação a respeito das ações do profissional ser satisfatória, no mínimo. O que é uma constatação de que todo o seu empenho, disciplina, investimentos aplicados em tempo e em dinheiro, por exemplo, foram certeiros. Ele é, ainda, o reconhecimento dos colegas, superiores ou subordinados.
Quanto aos aspectos negativos da crítica, são os seguintes:
- Falta de desenvolvimento profissional, em decorrência da resistência de se fechar ao feedback;
- Ser facilmente manipulado pelos outros por reagir sempre a provocações, caindo em descredibilidade;
- Abatimento, desmotivação, por causa das opiniões ou censuras que os outros fizeram;
- Doenças psicossomáticas;
- Desligamento da empresa por problemas de relacionamento interpessoal.

As vantagens de se aceitar e ouvir as críticas recebidas são o desenvolvimento profissional e o alcance do equilíbrio emocional. Ouvir faz muito bem e é uma das habilidades essenciais dos profissionais na era do conhecimento. Conceitualmente, a crítica é uma avaliação do trabalho realizado por um especialista onde o avaliador também é um conhecedor do assunto tratado. Seu objetivo é melhorar, de forma contínua, o trabalho já realizado.
Vamos, então, às dicas!
Como receber um elogio?- Em primeiro lugar, para que recusá-lo? Aceite o elogio mesmo que tenha havido sorte, apoio de várias pessoas. Você esteve envolvido e é visto por quem te cumprimenta como sendo merecedor do comentário.
- Seja grato. O elogio é como um presente. Você não recusaria o presente dado por um amigo!
- Não seja pessimista. Se você recebeu elogios pelo andamento de um determinado projeto, não responda dizendo que falhas podem acontecer. Na oportunidade, esclareça os desafios do projeto e tome cuidado para não causar a impressão que quem elogiou está mal informado.
- Reconheça sua contribuição, mesmo que de forma parcial. Aliás, faça o reconhecimento dos méritos dos membros da equipe! Mas, não diga que eles merecem “todo” o crédito.
- Retribua. Torne visível que você aprecia o ato. Ofereça de volta um cumprimento a quem o elogiou, desde que não pareça falso.

Como receber uma crítica?- A primeira reação do criticado, geralmente, é emocional e não racional. Então, não tenha medo de receber uma crítica.
- Perceba se de fato está sendo alvo de uma crítica ou de uma afirmação meramente opinativa de alguém. Se constatar ser, realmente, uma crítica, verifique se ela tem ou não razão de existir.
- Veja a crítica negativa como um ponto a desenvolver. É a melhor forma de receber um feedback, mesmo que seja feito de forma inadequada ou no momento não oportuno.

A Arte de não adoecer – Dr. Dráuzio Varella!


Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos". Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.
Se não quiser adoecer - "Tome decisão". A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.
Se não quiser adoecer - "Busque soluções". Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.
Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências". Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho,prestativo,etc., está acumulando toneladas de peso...uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. 
Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se". A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.
Se não quiser adoecer - "Confie". Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste". O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive."O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A sua imagem trabalha contra ou a seu favor?



Muito interessante este texto... Enfim a imagem nos influencia muito mais do que imaginamos. 

Percebemos e tomamos decisões com base nas imagens captadas, sendo o inverso também verdadeiro, ou seja, somos também avaliados pela imagem que transmitimos aos outros. Tão instantâneo quanto o olhar, é a imagem que fazemos de tudo e principalmente de nós mesmos. Aliás, não existe julgamento de valor mais importante, fator mais decisivo para o autodesenvolvimento do que a avaliação que fazemos de nós mesmos. Essa avaliação é algo geralmente sentido, não um julgamento consciente e verbalizado, mas uma sensação - mais precisamente uma impressão - que é difícil de discriminar e identificar, porque nunca deixa de estar presente; é o pano de fundo de todas as outras sensações; o contexto básico ou o reduto de todas as reações.

Esta auto-impressão particular afeta profundamente o processo de pensar, as emoções, os desejos, os valores, as metas e a maneira de interpretar o sentido de determinados acontecimentos. É a única chave de que dispomos para o nosso comportamento. Se você já sabe o que fortalece a sua auto-estima e o que fazer para protegê-la, e em que medida sua auto-estima influi em suas escolhas e reações, você atingiu um alto grau de compreensão de si mesmo.

O grau de sua auto-estima influi profundamente em todos os aspectos de sua vida: como você constroi a sua imagem, como você se apresenta nos vários contextos, tanto social quanto profissional, pessoal, familiar e afetivo-amoroso, influenciando no como você relaciona-se com as pessoas e até consigo próprio.

Auto-estima: fator determinante de sua imagem
A auto-estima se traduz por uma sensação de capacidade para enfrentar os desafios da vida e de ser digno de felicidade. Traz em si dois elementos: a sensação de eficiência e auto-respeito. Daí é muito simples concluir que a sua imagem é a materialização da sua auto-estima projetada. A auto-estima é o primeiro referencial para construirmos a nossa imagem, e poderíamos dizer que ela é o filtro de nossa avaliação dos demais.

A nossa imagem é a primeira impressão que é estabelecida num instante e dizemos que uma pessoa tem estilo quando esta impressão se mantém ao longo do tempo em um mesmo padrão de apresentação. É quase uma marca e uma singularidade que distingue uma pessoa, dando-lhe identidade.

A imagem possui dois caminhos: o interior (como você se vê) e o exterior (como você é visto) e um trabalho direcionado para a melhoria de sua imagem deve considerar como você gostaria de ser percebido.

Se você concorda com a teoria "a primeira impressão é a que fica", que se baseia em numerosas pesquisas sobre poder e influência, em apenas dez segundos alguém o terá avaliado da cabeça aos pés e decidido se o leva a sério ou se o descarta de uma vez. E tudo o que ele fez foi olhar para você. Os julgamentos são feitos a partir de informações adquiridas não apenas com os olhos, mas com todos os sentidos.


Os elementos da imagem

Imagem corporal - Muito se comunica por outros meios que não a aparência, a voz e as palavras. Embora a sua fisionomia seja o centro da sua comunicação, os gestos através de seu corpo gritam mensagens o tempo todo. Até sem dizermos uma palavra, podemos ser notados pela postura. Seus olhos são as janelas de todo o seu corpo e transmitem todo o estado de ânimo daquele momento.

A imagem corporal é, de modo geral, inconsciente e precisa, indo muito além do que você possa ter como peças de seu vestuário.

Apesar dos avanços da medicina estética, não escolhemos os atributos físicos com os quais aportamos no mundo e a natureza física de cada um é algo que temos que saber administrar. A apresentação pessoal positiva é saber compor todos os seus recursos, internos e externos, em movimentos harmônicos com os seus objetivos para realização.

Imagem falada - Seu modo de falar, que diz respeito ao seu tom de voz, ao volume (alto ou baixo) que adota, ao tom (grave ou agudo), à velocidade, à dicção e à ressonância, bem como, o seu sotaque. O conteúdo do que diz não é menos importante do que a forma como diz. O bom conhecimento do idioma que você utiliza como expressão, faz a diferença.

Imagem escrita - Os textos que você escreve revelam muito a respeito de sua imagem pessoal e daquilo que representa: uma organização, uma profissão, uma associação. O texto ruim projeta imagem ruim e com o avanço tecnológico em que as pessoas são linha e staff de seu próprio trabalho, é óbvio que em um simples envio de e-mail a sua imagem está sendo percebida.

Podemos dizer que uma imagem bem construída deve levar em conta três pilares de sustentação:
Conhecimento e conteúdo - (interno e externo) que define a competência com a qual construímos a nossa imagem, face aos objetivos que queremos alcançar.
Relacionamento - que é o seu networking fazendo com que sua imagem encontre um campo fértil para realizar seus objetivos.
Apresentação - que a adequação ao contexto de atuação, seja pela linguagem corporal, pessoal, escrita ou falada.